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Adriano

€ 12,00

Tatiana Faia

“Os classicistas costumam passar tempo com os mortos. Um dos mortos com que devo ter passado mais tempo, ainda que intermitentemente, é capaz de ter sido o imperador Adriano. A minha obsessão por ele, no entanto, não tem muito a ver com a dignidade austera que nos ocorre quando pensamos nas estátuas de mármore branco (coloridas à época) da antiguidade clássica.

Foi na Livraria Bulhosa, em Entrecampos, que encontrei o primeiro exemplar que li de 'Memórias de Adriano'. Lembro-me que Marguerite Yourcenar, que tal como Adriano tinha uma inteligência vasta e complicada como a extensão do império romano, transformou-se para mim, ao longo de alguns dias, nesse imperador do século II. Talvez tenha sido com ela que percebi, pela primeira vez, que não há melhor maneira de entender o mundo dos vivos do que reparar nele a partir do olhar dos mortos.

O objecto deste livro são alguns laços entre pessoas e também entre pessoas e lugares, bem como uma interrogação dos motivos pelos quais certas relações perseveram ou perecem. Certos poemas são uma observação de gente anónima que permanecerá perfeitamente desconhecida, como é o caso dos soldados no primeiro poema ou da massa de gente com que Vittorio Sereni se cruza no Pireu, no penúltimo texto do livro. Esta multidão, embora parte decisiva da paisagem de um poema desesperado da década de 40, continua a fazer-me pensar nos refugiados que chegam todos os dias a estações de comboio não só da Grécia como do resto da Europa. O passado deve ler-se aqui como uma coisa inexplicavelmente viva no presente, por vezes milagre e outras vezes castigo.” TF

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Tatiana Faia

“Os classicistas costumam passar tempo com os mortos. Um dos mortos com que devo ter passado mais tempo, ainda que intermitentemente, é capaz de ter sido o imperador Adriano. A minha obsessão por ele, no entanto, não tem muito a ver com a dignidade austera que nos ocorre quando pensamos nas estátuas de mármore branco (coloridas à época) da antiguidade clássica.

Foi na Livraria Bulhosa, em Entrecampos, que encontrei o primeiro exemplar que li de 'Memórias de Adriano'. Lembro-me que Marguerite Yourcenar, que tal como Adriano tinha uma inteligência vasta e complicada como a extensão do império romano, transformou-se para mim, ao longo de alguns dias, nesse imperador do século II. Talvez tenha sido com ela que percebi, pela primeira vez, que não há melhor maneira de entender o mundo dos vivos do que reparar nele a partir do olhar dos mortos.

O objecto deste livro são alguns laços entre pessoas e também entre pessoas e lugares, bem como uma interrogação dos motivos pelos quais certas relações perseveram ou perecem. Certos poemas são uma observação de gente anónima que permanecerá perfeitamente desconhecida, como é o caso dos soldados no primeiro poema ou da massa de gente com que Vittorio Sereni se cruza no Pireu, no penúltimo texto do livro. Esta multidão, embora parte decisiva da paisagem de um poema desesperado da década de 40, continua a fazer-me pensar nos refugiados que chegam todos os dias a estações de comboio não só da Grécia como do resto da Europa. O passado deve ler-se aqui como uma coisa inexplicavelmente viva no presente, por vezes milagre e outras vezes castigo.” TF

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“Os classicistas costumam passar tempo com os mortos. Um dos mortos com que devo ter passado mais tempo, ainda que intermitentemente, é capaz de ter sido o imperador Adriano. A minha obsessão por ele, no entanto, não tem muito a ver com a dignidade austera que nos ocorre quando pensamos nas estátuas de mármore branco (coloridas à época) da antiguidade clássica.

Foi na Livraria Bulhosa, em Entrecampos, que encontrei o primeiro exemplar que li de 'Memórias de Adriano'. Lembro-me que Marguerite Yourcenar, que tal como Adriano tinha uma inteligência vasta e complicada como a extensão do império romano, transformou-se para mim, ao longo de alguns dias, nesse imperador do século II. Talvez tenha sido com ela que percebi, pela primeira vez, que não há melhor maneira de entender o mundo dos vivos do que reparar nele a partir do olhar dos mortos.

O objecto deste livro são alguns laços entre pessoas e também entre pessoas e lugares, bem como uma interrogação dos motivos pelos quais certas relações perseveram ou perecem. Certos poemas são uma observação de gente anónima que permanecerá perfeitamente desconhecida, como é o caso dos soldados no primeiro poema ou da massa de gente com que Vittorio Sereni se cruza no Pireu, no penúltimo texto do livro. Esta multidão, embora parte decisiva da paisagem de um poema desesperado da década de 40, continua a fazer-me pensar nos refugiados que chegam todos os dias a estações de comboio não só da Grécia como do resto da Europa. O passado deve ler-se aqui como uma coisa inexplicavelmente viva no presente, por vezes milagre e outras vezes castigo.” TF

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